sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O APAGÃO


O governo ainda investiga as causas do apagão que deixou os Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe às escuras na madrugada desta sexta-feira. A interrupção começou à 0h08, no horário de Brasília, e rede foi completamente restabelecida às 5h.
A presidenta Dilma Rousseff ficou sabendo do apagão ao ler notícias em portais de internet. Foi ela quem ligou para o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e o informou sobre o caso. Na sequência, começou a despachar e entrou em contato, por telefone, do gabinete, com especialistas do setor elétrico.Edson Lobão foi escalado para falar sobre o incidente e, em entrevista coletiva à imprensa, disse que ainda não há explicações definitivas. A causa mais provável, diz ele, é que uma oscilação na corrente da substação de São Luiz Gonzaga, no município de Jatobá (PE), tenha acionado o mecanismo de proteção do sistema, que se autodesligou para evitar danos. Contudo, ele não descartou falha humana para o incidente.

“[Por um motivo desconhecido] Um circuito do linhão (de São Luiz Gonzaga) se desligou. E a mão humana foi religar. Nisso, o outro linhão também se desligou, houve uma rejeição da ação mecânica daquele momento, desligando a outra linha. E o sistema entendeu que havia uma anormalidade, como se fosse uma sobrecarga, e se protegeu desligando-se”, disse Lobão. Segundo ele, na segunda-feira, será realizada uma reunião entre todos os órgãos federais ligados à energia elétrica para que sejam determinadas as causas exatas do blecaute. O ministro acrescentou também que problemas menores com o sistema de segurança da rede acontecem com certa frequência, mas com consequências menores. “Muitas vezes nem percebidas.”
Lobão ressaltou que os equipamentos utilizados são novos e minimizou o apagão, dizendo que "acontece em todos os países do mundo”. Ele enfatizou que, por ter ocorrido de madrugada, o impacto junto à sociedade foi menor.

O presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) - responsável pela distribuição de energia na região -, Dilton da Conti, disse ao iG que o restabelecimento de energia no Nordeste aconteceu "no menor tempo possível". "Em situações como essa não se liga seis máquinas de uma vez, mas uma de cada vez", afirmou Conti. "O entendimento da empresa é que a prioridade é o restabelecimento, que foi o possível no menor tempo possível."



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